Nostalgia (part. Venus)
Gustavo Nassar
São as rosas de água de um mar sem fim
Os limites do limbo de um tempo azul
A cravar no despejo o desejo em Lá
E as coisas do vento desfazem o nó
(Relíquias meteorológicas)
(Quero-as guardadas no coração de meu veludo)
(Para dispô-las quando as bem quiser!)
(Para o deleite dos meus fantasmas egoístas)
(Minha vontade infantil de apalpar o infinito, que seja assim)
(Sempre em frente)
Independente
Ociosamente
Clarividente
O tempo rouba o mar
E a seguir
Essa estrada de flores tortas
Faz emergir!
Aurora das horas mortas
Tempo em frente
A seguir, a seguir, a seguir
Sempre avante
Conta histórias dos estigmas das horas
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